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O carro que furou o bloqueio provocado pelos protestos na Avenida Fernandes Lima, em Maceió, que tenta impedir o aumento da tarifa de ônibus, pertence a uma prefeitura, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes tentaram impedir a passagem do motorista. Houve um disparo e um estudante de 16 anos foi baleado no rosto.
Um vídeo da Central de Monitoramento da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), mostra o momento em que os estudantes cercam o veículo, mas não identifica o carro ou o autor do disparo. De acordo com o Major Amorim, uma foto tirada por uma testemunha confirma que o veículo é de uma prefeitura, um carro modelo Celta, de placa PGK 2600, entretanto, não é possível identificar à qual prefeitura ele pertence.
A manifestação durou cerca de cinco horas e, pouco tempo depois de o estudante ser baleado, foi dispersada, liberando a avenida. A concentração começou na Praça do Centenário e, segundo informações da PM, atraiu cerca de duas mil pessoas às ruas, entre estudantes, trabalhadores e demais usuários do transporte público da capital.
Os manifestantes seguiram em caminhada até o Centro e, após alguns bloqueios, retornou para a Avenida Fernandes Lima. Os dois sentidos da principal avenida de Maceió foram bloquados, provocando um intenso congestionamento. Um motorista furou o bloqueio, mas foi surpreendido por outros manifestantes, que começaram a bater no veículo.
De acordo com os manifestantes, o motorista atirou e acabou atingindo um estudante de 16 anos no rosto. A vítima foi levada em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE) pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.
O carro foi identificado pela polícia através do número da placa, anotado pelos estudantes. A PM já sabe quem é o motorista, mas não revelou o nome dele à imprensa. O estudante baleado tem 16 anos e foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE) por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sob aplausos dos colegas.
Os manifestantes, que tentam evitar que a passagem seja reajustada de R$ 2,30 para R$ 2,85, se concentraram novamente na Praça do Centenário e seguiram em direção ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), na Avenida Fernandes Lima.